12.1.07

Atividade-ecs-07

MARX e ENGELS
Marx nasceu em uma família de clasee média, em Trier, às margens do rio Mosela, na Alemanha em 1818. Ele descendia de uma longa linhagem de rabinos. Cientista social, historiador e revolucionário, Marx foi certamente o pensador socialista que maior influência exerceu sobre o pensamento filosófico e social e sobre a própria humanidade. Marx esboçava uma concepção humanista do comunismo, baseada num contraste entre a natureza alienada do trabalho no capitalismo e uma sociedade comunista na qual os seres humanos desenvolveriam livremente sua natureza em produção cooperativa.
Friedrich Engels nasceu em 1820 e assim como Marx foi um filósofo alemão. É oriundo de uma família da burguesia industrial, observa e conhece desde jovem as penosas condições de vida dos trabalhadores, tanto na Alemanha como na Inglaterra. Independentemente de Marx, e inclusive antes dele, chega a posições teóricas e políticas revolucionárias.
A falta de atenção às necessidades sociais no campo da educação e ensino, que é próprio dos primeiros anos do capitalismo _ e que todavia arrastamos _, unida às dramáticas condições de trabalho da população operária _ acentuadas no caso do trabalho infantil e feminino _ colocam o ensino e a educação em primeiro plano.
Todos os socialistas utópicos, todos os anarquistas chamaram atenção sobre estes aspectos e, ainda mais, confiaram no ensino e na instrução como instrumentos de transformação. A emancipação dos indivíduos, sua libertação das condições opressoras só poderia se dar quando tal emancipação alcançasse todos os níveis, e, entre eles, o da consciência. Somente a educação, a ciência e a extensão do conhecimento, o desenvolvimento da razão, pode conseguir tal objetivo.
Marx e Engels não foram alheios a esta atmosfera. As referências de Marx e Engels não constituem nenhum sistema pedagógico. Ainda mais, muitos autores negam que estes escritos possam reunir-se sob uma rubrica de caráter estritamente pedagógico, pois em todos os casos trata-se de escapar às restritas limitações que coloca a educação entendida como mera prática escolar.
Talvez exista alguma nostalgia do artesão perdido nos socialistas utópicos, porém não em Marx e Engels. Sua pretensão não é retornar a situações pré-capitalistas nem crair o oásis do pre-capitalismo e artesanato na sociedade industrial. Sua pretensão não é terminar com a escola para voltar a uma instrução natural (isto é, uma instrução tampouco natural como a proporcionada pela Igreja, a família tradicional, os meios burgueses de cominicação etc.), Marx e Engels não pretendem voltar atrás, mas sim ir à frente, não pretendem voltar ao artesenato mas sim superar o capitalismo, e essa superação só pode se realizar a partir dopróprio capitalismo, acentuando suas contribuições, desenvolvendo suas possibilidades.
Propõem uma série de transformações dentre as quais distinguimos duas perspectivas diferentes: a curto e médio prazo e a longo prazo. A curto e médio prazo são algumas das propostas que Marx faz em sua exposição diante di Conselho Geral da AIT em agosto de 1869, ou em sua Crítica do Programa de Gotha; enquanto que uma transformação a longo prazo se vislumbra nos Princípios do Comunismo, de Engels ou nas precisões de Marx a propósito da Comuna.